Quando me roubaste os sonhos
Faltou-me o chão
Faltou-me o ar
E foi difícil recomeçar
Largaste-me em mar aberto
Onde nunca desisti
Nadei incessantemente
e sobrevivi
O mar ardeu-me nas feridas
enquanto as cicatrizava
Agora, recém-nascida
Com a vida que me aliciava
Parti numa aventura sem limites
de descoberta e de amor
Deixei para trás sem rancor
Um passado infeliz
Mas do qual não me envergonho
E, hoje, ninguém me rouba o sonho