2008-02-29

Ternura

Isabella Tavini

2008-02-27

A noite do dia


O meu dia amanheceu de noite

Quando o dia levaste na noite que partiste


O meu olhar ficou triste

A minha tez perdeu a luz

Até ao dia em que a noite ao dia fez juz


E nos dias vindouros em que o sol me seduz

Revivi a alegria

E ganhei a doçura

Que há muito não via


Escolhi as noites escuras após a tua partida

Aos dias cinzentos com a tua amargura

Para reencontrar a vida com tons de ternura


2008-02-15

2008-02-11


Morre lentamente quem não viaja, quem nao lê, quem não ouve musica, quem destrói o seu amor próprio, quem nao deixa ajudar.Morre lentamente quem se transforma escravo do habito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem nao muda as marcas do supermercado, nao arrisca vestir uma cor nova, nao conversa com quem nao conhece.Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.Morre lentamente quem nao vira a mesa quando esta infeliz no trabalho, quem nao arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de inicia-lo, nao perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade


Martha Medeiros