Num canto provoco o choro
Perscruto a emoção trancada
À solidão não recorro
Mas ela é minha aliada
Queria tanto conseguir chorar
Ver a minha tristeza a lume
Mas esta forma de estar
Não me permite o queixume
Resigno a minha existência
Em passar despercebida
A minha sobrevivência
Depende de ser esquecida
Nunca pensei em morrer
Mas vivo sem convicção
Sempre tentando esconder
Que me mata a solidão
Sozinha, sem companhia
Pensando que aos poucos morria
Na ânsia de me salvar
Comecei a versejar
Passando os dias a escrever
Descobri neste prazer
A vontade de sonhar
A alegria de viver
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